Filtros Cartuchos

O termo cartucho provém da área de balística: refere-se a projéteis de todo tipo. Até o início do século XIX, o uso das armas de fogo era uma experiência exaustiva: durante um breve intervalo de tempo, o portador mirava e disparava; numa batalha, a arma era pacientemente recarregada, expondo seu usuário a servir de alvo para seus adversários. A invenção do cartucho deflagrável foi uma sucessão de métodos mais ou menos sucedidos, até se viabilizar as modernas balas, que equipam, em suas inúmeras versões, desde armas manuais até canhões navais e antiaéreos.

Praticidade

O conceito tem a ver com a facilidade de substituição funcional, e se expandiu para muitos setores, tornando mais simples a vida dos usuários. Os tradicionais filmes de 35 mm foram substituídos com cartuchos de filme, ou ainda, cartuchos de papel sensibilizado, gerando cópias fotográficas no momento seguinte ao disparo. Até hoje, o conceito de cartucho permanece vigente, para uso em impressoras por jato de tinta ou laser, copiadoras, bebedouros, baterias, além de, logicamente, filtros de todas as naturezas.

Simplicidade

Qualquer contrapartida aos cartuchos implica mão-de-obra, muitas vezes especializada, geralmente metódica, invariavelmente, sujeita a testes de desempenho. No caso dos filmes para câmaras fotográficas de 35 mm, exigiam prática, geralmente a substituição tomava tempo, e para quem estava em trabalho de cobertura fotográfica, significava a perda de informação durante o período da substituição; era comum ver repórteres carregando duas ou mais câmaras. No caso das impressoras por jato de tinta, a contrapartida são adaptadores de reservatórios, que além do costumeiro alinhamento de cores, implica manuseio de tinta a granel, manipulação, observação de níveis mínimo e máximo, etc..

Há várias décadas, filtros automotivos a base de óleo ainda eram populares, mas dependiam de reposição em locais especializados, e a durabilidade era limitada a alguns milhares de quilômetros. Com o advento de cartuchos de filtragem, a substituição de filtros de ar deixou de depender de oficina. O processo foi estendido para outras funcionalidades: filtragem de óleo, de combustível, até do ar que circula nos climatizadores.

Filtros de mangas

Muito populares em moinhos e fábricas de pulverizados, possibilitam recuperação de produto em suspensão, que não apenas pode ser reincorporado ao estoque, como reduz a insalubridade potencial, pois pulverizados estão sujeitos a inalação, e, em se tratando de farináceos, existe o risco de explosão. São igualmente necessários para cumprimento de normas contra a poluição do ar, possibilitando a renovação de ar nas indústrias que processam materiais poluentes, sujeitos a evolação ou a exalação de vapores e odores, de modo que estes teores sejam mantidos longe do ambiente, da fauna e da população.

Filtros de mangas são altamente eficientes, resultado dos materiais usados nos elementos filtrantes, na concepção, que possibilita a limpeza pela reversão do fluxo, e na exatidão da montagem. Existe a contrapartida: a substituição do elemento filtrante é um trabalho minucioso, que exige metodologia, de modo a restaurar a estanqueidade.

Semelhantes aos filtros de mangas, os filtros de cartuchos industriais possibilitam coletar pulverizados enxutos, usando jatos de ar em sentido inverso para desobstrução. Em alguns casos, os cartuchos podem ser retirados para lavagem, retornando ao uso após a operação.